Ana gosta do humor de Paulo, gosta muito do seu jeito leve de ser.
Mas os olhos do Rodrigo, de um fogo tão profundo e abissal - que até assustou-, ela não se esquecerá.
Pedro tem um quê de intelectual, pena que não quer Ana, que quer tudo. Mesmo assim passeiam, dia sim dia não. Sua companhia é uma companhia madura e delicada e às vezes estranha.
Para ela, André é quase perfeito, seu romance a envolve por inteiro, promessas de fim de semana na praia e concertos de jazz aos sábados. Sente que o que há, vem de muito tempo antes.
Rodrigo fala pouco, tem um sorriso meio maroto, e por trás dos óculos Ana sente que ele sempre está olhando para ela. Sua vida é um mistério, quase não conversam. Ana adora.
Paulo marcou sua vida aos poucos de uma forma bonita, como nos contos de amor. Sua arte é o Ser humano e emociona Ana a forma como ele sente a dor do mundo.
Mais uma vez, Pedro vai ligar. Ela sabe que tem que deixar pra lá, essa retórica toda de contestar o coração.
Pois pra ela, a fragilidade de André beira a loucura contaminante da paixão. É tudo sobre o par perfeito, tudo sobre dois.
Mas Rodrigo tem que entender que o que é dela não será compartilhado. E não é uma pena, não é um sinto muito.
É só um apenas.
24/11/2008
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