10/09/2007

Ventos

Veio de dentro aquele furacão sem dono
Acertou no peito e depois, abrindo para o espaço
Tomou pelos braços e levou com desespero.
Tamanha a força dos ventos projetados
Seria impossível deter tal destruição.
E levou tudo o que havia por perto:
Amor, respeito, alma e coração.

Sobrou uma brisa de desgosto que veio
Varrendo a poeira fina aos poucos
Que sobrou em cima da mobília, no chão
E em todas as coisas do mundo.
Um silêncio profundo se apossou então
De dentro pra fora e de fora pro céu.
Nem o sol podia escondê-lo em suas sombras.

Nem as sombras eram suficiente breu
Perto das escuras esquinas avassaladas.
Dali nem flores mais brotaram, nem nada.
E sobrou somente o chão de terra
E hoje as janelas fechadas choram.