20/01/2009

Hoje é apenas uma terça feira e o peso do tédio corre no ar pesado de chuva, eu sei que tudo o que posso fazer é deixar tecer por meios incompreensíveis a história do meu dia, pois não há nada mais enfadonho do que buscar concorrer com a vida agitada dos urbaholics, agitadores de esquinas, pontos de ônibus lotados e tudo que se repete ad nauseum. Inclusive me é mais que amiga a idéia de me mudar para um mundo mais particular, um lugar onde o tempo não chegue e eu possa discorrer sobre todas estas idéias sem me preocupar em preocupar alguém.

Só existe uma possibilidade real, uma nova pessoa deve nascer dos escombros da criação. E romper meu método, me tirando da embriaguez e da sonolência em que me encontro. E será ela quem irá traçar, nas linhas do dia a dia, a tônica da sobrevivência literária, será a célula inteligente do processo quotidiano. Me libertará todas as manhãs saber que a transformação pode ser efetuada a qualquer minuto e quando eu quiser minha persona sairá não só de minha cabeça mas de meu coração e vai trilhar, impetuosamente, os caminhos que o destino lhe impôs, desde já, antes de seu nascimento, sua sina será traçada a ferro e fogo.

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