28/01/2009

De Rafael para Paloma

Arquivo achado no tempo:
19.dez.2004

Ah, ela voa....ela voa e não me engana...
os pássaros em seus ombros são como escombros
Uma janela atravessada...
uma figura resguardada do tempo
Asas estáticas
Mas ELA, ela mesma, vôa!
Branca pomba...brancas pombas
Ratos de asas
Anjos
Morcegos
Caças protetores
Todos eles voam, mas não, jamais como ela
Como ela apenas em casos deliberdade deliberada....extrema
Alada....
as asas poderás ouvir se tocar sua pele
poderas sentir se ouvir sua transpiração
pequenas grandes asas com as quais vôa
e se chama pavôa pelas cores de suas penas
e pelo calor por entre suas pernas
diz que dói amar
Diz que dói o prazer
e o entrega tão sutil e sublime como o toque de fria agulha na pele
Sangue na língua
furo no peito
O Amor matou seu filho, O Eleito
queimamos as cruzes
apagamos as luzes
acendemos as tochas
firmes como rochas
fluindo como água
jamais pediremos trégua
jamais cagaremos regras
pois nunca as engolimos
recebemos do alto o prazer
merecemos do fundo a dor
entregues sublimes ao acaso
mordendo o fruto e tecendo o pecado
com os fios da razão
em nosso avesso corpo, coração
e nada, nada disso jamais será à toa!
Além da fugacidade dos acontecimentos
e da impermanência da existência!!!
O momento é impresso na memória sem tempo do infinito
E posso garantir, olhando para os céus e
rindo-me loucamente diante do abismo
no qual traço meu caminho!
Desde os palácios suntuosos de origens ancestrais
à prepotência simplista de Roma
Seu nome é PALOMA, e garanto....
ELA VÔA!!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

ela voa mesmo... assim como o pássaro, homônimo.