“Indicado para o estado de depressão psíquica e física,originada de excesso de trabalho mental por problemas de origem emocional como preocupação, ansiedade, irritabilidade, medos, sustos e contrariedades. Nos casos de esgotamento, tristeza, baixa vitalidade e hipersensibilidade aos estímulos sensoriais.”
Foi tudo o que ela pode ler na bula de seu remédio, antes de engolir a primeira drágea verde e vermelha, sentada no sofá deixou a que o frasco escorregasse de suas mãos e permaneceu olhando fixamente a parede cor de verde abacate. Aquilo era uma das coisas que a irritavam todos os dias assim ,desencadeando um processo que por fim a levara a comprar aqueles comprimidos. Sua vida tinha a mesma cor triste daquela parede de textura meio granulada de abacate maduro.
Aos poucos se levantou do sofá e começou a observar as outras mulheres que passavam pela rua, todas elas carregavam uma das indicações da bula dentro de si, sem exceções, pensava ela, mesmo que tentasse ser uma pessoa completamente normal não poderia jamais esquecer de seu fardo, de seus obstáculos com a vida. Considerava-se uma mulher de verdade, completa, sabia muito bem quais eram os seus deveres, mas pouco sabia de suas fraquezas. Ainda de roupão não se lembrava mais do que tinha comido ontem antes de dormir e este pensamento tomou-lhe um tempo enorme, tinha que passar o tempo de alguma forma, começou a preparar um café forte, sentou novamente no sofá e pensou.
Não tinha mais a beleza de algum tempo atrás, quando tudo o que ela mais ansiava estava ainda latente em seu corpo, uma ansiedade quente e úmida. Sorriu para a pilha de roupas que tinha que lavar como se aquilo fosse tudo o que restava de seu breve passado. Não queria lembrar como começou, tampouco da forma como simplesmente acabou; por isso os comprimidos, a reclusão e a espera angustiante de seu efeito.
Coragem e fraqueza eram dois sentimentos que se entrelaçavam dentro dela. Teve a coragem de tirar um filho, de enfrentar sozinha a descida a um pequeno inferno, e a fraqueza foi justamente o seu ópio, a saída mais simples para uma pergunta sem resposta. Ninguém soube, talvez isso tenha facilitado não pensar no futuro, pretender que nada acontecerá no instante seguinte. Ele nunca soube o que aconteceu, nem nunca saberá o que aconteceria. Gostava dele, mas seria inútil estar ao seu lado, seria incapaz de conviver com seu olhar sempre vagueando pelas coisas do mundo; então saiu de uma vez de sua vida, levando consigo o seu único segredo.
Quanto tempo passara e ela nem tinha percebido, quase uma estação inteira. São os remédios, argumentou. Os remédios contra a espera, contra a necessidade da busca e contra todo tipo de sentimento relevante em sua vida.
O telefone toca. Ana já sabia quem era, sempre soube, pois nunca mais atendera a um telefonema...que dia era hoje?
--Alô... Eu sei quem é.
-- Preciso te ver. Quer dizer, preciso falar com você sobre umas coisas que andei pensando, que... enfim, bater um papo.
Num instante passou-se tantas coisas na cabeça de Ana. Pensou em como o amor podia se transformar em ódio, em como pequenas coisas juntas podem se transformar no maior de seus pesadelos: manias, tom de voz, as roupas, sempre as mesmas roupas.
--- Olha, se você não tiver...
--tenho sim, mas fala logo que eu agora to costurando umas calças.
Ela sempre mentia. Nunca gostou de dar satisfações, mínimas que fossem, e também nunca gostou de muita sinceridade, acreditava ser algo muito pedante.
-- Te amo, Ana.
Silêncio.
-- Só isso?
--Não, quero dizer, te amo mesmo, no duro. Te amo mais do que me odeio. Te amo mais que a minha vida, você pra mim Ana, é...
Não esperava que ele fosse tão longe, um vácuo se rompeu dentro dela sugando todo o ambiente ao seu redor, o tempo parou. Foi pega de surpresa: ele sabia. Ela havia esquecido há muito tempo de tudo e mesmo assim como uma sombra ele reapareceu. Tomou mais dois comprimidos.
-- Esse filho é meu não é? Então Ana, agora eu sei...eu sei que posso...
Desligou o telefone imediatamente, fechou os olhos, flashbacks começaram a dar voltas em sua cabeça, os comprimidos finalmente fizeram efeito. Ela se deitou no chão e deixou ser tomava por todos os pensamentos. Simples pensamentos, agora tudo era passado.
21/09/2005
As manhãs
Acordou como se acorda em todas as manhãs: cinza. Leu seu jornal da forma como mais lhe agradava o ler, sentado ao lado da porta de entrada de modo que pudesse abrir todo o jornal e ver a sua configuração, de um anglo bem particular seu. Às vezes a tinta do jornal lhe deixava marcas nas batatas das pernas cruzadas, mas só as percebia quando ia colocar uma calça qualquer do armário. Ele não era nada, só um observador. Não tinha intenção nenhuma de tirar as marcas, somente as cobrir. Saía encardido do suor da noite, não que fossem quentes, mas eram noites de sonhos tremendos, desconfigurados.
Essa noite sonhou com seu pai e sua irmã, ele nunca aparecia nem como primeira nem como terceira pessoa, tentou chamá-los mas foi inútil, eles iam embora por um caminho que não terminava nunca, e ele não teve a coragem de gritar por eles. Não teve vontade. Assim vivia, assim se dava por vivo, sabia que se respirasse e expirasse algumas vezes teria que continuar andando e falando, pois uma coisa sempre leva a outra, e acordar aquele dia e ler o jornal daquele angulo o fez fazer uma pequena curva no tempo. Ao invés de pôr uma regata, colocou uma camiseta levemente manchada por gotas de café, discretamente se olhou no espelho, pela primeira vez em muito tempo teve uma visão de si.
Tomou água, depois uns goles de coca-cola da geladeirinha que ficava no seu quarto. Ficou mais um minuto parado, olhando para um quadrinho que tinha na parede que um amigo, bêbado, desenhara uma vez e o dera, como prova de uma amizade alcoolizada.Alguma coisa se passava na sua cabeça, era uma idéia muito indefinida ainda, tinha medo de ter idéias, gostava somente de lembrar das idéias dos outros e se odiar por nunca ter tido uma, um impulso, um momento de grande histeria. Mas esse momento estava próximo, ele sentia juntamente com o ácido da coca-cola rasgando o estômago ardido da azia.
Mudou de lado na cama, agora estava sentado vendo da janela uma árvore, precisava de espaço, de grandeza. Pegou o telefone:
-- ....Alô? Ana...aqui é...
-- Eu sei quem é.
-- Preciso te ver. Quer dizer, preciso falar com você sobre umas coisas que andei pensando, que... enfim, bater um papo.
Silêncio.
Ana, era como o seu jornal, ela se estendia por toda a sua vida de um angulo estranho, de qualquer lugar que ele estivesse não conseguiria nunca vê-la por inteiro, completa. Tinha medo de pessoas completas.
--- Olha, se você não tiver...
Foi interrompido por uma voz firme, dura, resistente. Ana era a sua resistência, sua única batalha.
-- Tenho sim, mas fala logo, agora não posso sair daqui, to costurando uma calça nova..
Ana sempre mentia.
-- Te amo, Ana.
Silêncio.
-- Só isso?
--Não, quero dizer, te amo mesmo, no duro. Te amo mais do que me odeio. Te amo mais que a minha vida, você pra mim Ana, é...
E parou por ai, sabia que não podia continuar falando, tudo tinha um limite em sua vida e sua força parara por ai.
Ana não falou mais. Ele também não. Um ouvia do outro a respiração, ele olhando pela janela a árvore lá fora, ela sentada no chão chorava baixinho com a mão na barriga. Não podia, não queria falar.
-- Esse filho é meu não é? Então Ana, agora eu sei...eu sei que posso...
A ligação caiu, ela desligara a última ligação que havia entre eles. Dentro dele uma sensação plena de estática, esperou demais pelo momento certo. Dentro dela o vazio de três meses atrás.
Essa noite sonhou com seu pai e sua irmã, ele nunca aparecia nem como primeira nem como terceira pessoa, tentou chamá-los mas foi inútil, eles iam embora por um caminho que não terminava nunca, e ele não teve a coragem de gritar por eles. Não teve vontade. Assim vivia, assim se dava por vivo, sabia que se respirasse e expirasse algumas vezes teria que continuar andando e falando, pois uma coisa sempre leva a outra, e acordar aquele dia e ler o jornal daquele angulo o fez fazer uma pequena curva no tempo. Ao invés de pôr uma regata, colocou uma camiseta levemente manchada por gotas de café, discretamente se olhou no espelho, pela primeira vez em muito tempo teve uma visão de si.
Tomou água, depois uns goles de coca-cola da geladeirinha que ficava no seu quarto. Ficou mais um minuto parado, olhando para um quadrinho que tinha na parede que um amigo, bêbado, desenhara uma vez e o dera, como prova de uma amizade alcoolizada.Alguma coisa se passava na sua cabeça, era uma idéia muito indefinida ainda, tinha medo de ter idéias, gostava somente de lembrar das idéias dos outros e se odiar por nunca ter tido uma, um impulso, um momento de grande histeria. Mas esse momento estava próximo, ele sentia juntamente com o ácido da coca-cola rasgando o estômago ardido da azia.
Mudou de lado na cama, agora estava sentado vendo da janela uma árvore, precisava de espaço, de grandeza. Pegou o telefone:
-- ....Alô? Ana...aqui é...
-- Eu sei quem é.
-- Preciso te ver. Quer dizer, preciso falar com você sobre umas coisas que andei pensando, que... enfim, bater um papo.
Silêncio.
Ana, era como o seu jornal, ela se estendia por toda a sua vida de um angulo estranho, de qualquer lugar que ele estivesse não conseguiria nunca vê-la por inteiro, completa. Tinha medo de pessoas completas.
--- Olha, se você não tiver...
Foi interrompido por uma voz firme, dura, resistente. Ana era a sua resistência, sua única batalha.
-- Tenho sim, mas fala logo, agora não posso sair daqui, to costurando uma calça nova..
Ana sempre mentia.
-- Te amo, Ana.
Silêncio.
-- Só isso?
--Não, quero dizer, te amo mesmo, no duro. Te amo mais do que me odeio. Te amo mais que a minha vida, você pra mim Ana, é...
E parou por ai, sabia que não podia continuar falando, tudo tinha um limite em sua vida e sua força parara por ai.
Ana não falou mais. Ele também não. Um ouvia do outro a respiração, ele olhando pela janela a árvore lá fora, ela sentada no chão chorava baixinho com a mão na barriga. Não podia, não queria falar.
-- Esse filho é meu não é? Então Ana, agora eu sei...eu sei que posso...
A ligação caiu, ela desligara a última ligação que havia entre eles. Dentro dele uma sensação plena de estática, esperou demais pelo momento certo. Dentro dela o vazio de três meses atrás.
Ser é Nada.
Não leio mais livros. Não vou mais ao cinema. Não quero saber de exposições aos sábados. Meu último cigarro eu vou fumar daqui a pouco, e então, tudo estará acabado. Retiro-me dessa vida social inerte e vazia. Me entregarei à mais das ineficientes formas de se viver. Vou dormir pouco ou muito, como me convier. Não quero mais atender aos telefonemas, e aquela garrafa de uísque que antes eu bebia com prazer, vou bebê-la em um só trago, em protesto de um homem só, aos nadólogos de Honoré de Balzac que nos obriga a tudo apreciar moderadamente. Um trago, um canapé,uma risada. E assim, infinitamente até o consenso comum de que no fim de um bom papo, não se falou nada, absolutamente nada sobre nada.
Um dia, estava em um bar qualquer (hoje evito falar sobre meu passado social), quando uma rapariga ainda cheirando a leite me estende a mão e me oferece. “A pílula azul ou a vermelha?”, veja bem, não sei até que ponto a minha narrativa é real ou puro devaneio, mas acreditei e quase que sem pensar me entreguei a um suicídio coletivo, pílulas, uísques, orgias, e no fim ser massacrado pelo amor daquela ninfetinha, punhos cortados, sangue, sublime redenção. Olhando nos olhos dela eu disse “Ora garota, não é muito jovem para vender drogas?”. Entenda porque me entreguei. Entenda como sou, eu penso como um perdedor, não me resta saída senão a declarada no parágrafo acima.
A ela restou rir para mim com desdém, e me explicar, como se explica aos velhos aonde se mija, que “ A pílula azul, meu, é...a ilusão, saca? Maia e essas coisas, são as mentiras que vivemos todos os dias. Agora a vermelha, essa é ducaralho, é a pílula da verdade, se você escolher tomar essa,estará escolhendo o caminho certo, da luz e...”, no fim eu já não mais ouvia ela, só me concentrava em duas palavras: verdade e mentira, ilusão e realidade. Sai do bar embriagado e decidido, e de saco cheio de todas essas coisas, mentirinhas e mesquinharias que vivemos. Então resolvi fazer isso, resolvi ser eu mesmo. Me livrar dessa máscara rançosa de falsos bom dias e boa tardes.
Na última vez que sai com uma garota fomos a uma exposição, e eu me vi tentando impressioná-la com palavras intelectulóides copiadas de livros que li, tentei rimar amor com dor da forma mais medíocre. E ela também, uma falsária, abraçando desesperadamente os panfletinhos explicativos da exposição, para poder chegar em casa e vomitar tudo decorado o que aprendeu em sua magnífica tarde. É por essas e outras que me sinto vazio. Olho em volta me autoprovocando um distanciamento e percebo que todos os outros de terno e gravata estão vomitando coisas vazias. Vão chegar em casa e trepar com a mesma mulher a cem anos, e tudo o que eles construíram na vida vai se transformar numa migalha de satisfação.
Não quero mais ouvir os meus cd´s de jazz, os melhores já estão mortos. Sobre o que vamos falar agora? OS diálogos são repetidos ad nauseum , as frases feitas, as piadas nas horas certas. Um trago, um canapé,uma risada. O olhar cintilante do álcool, não permite que as pessoas sejam elas mesmas. As mulheres atrás de seus blush e batons vermelhos, percorrendo os salões da pinacoteca em dia de vernissage. Pisoteando cada pedaço de cultura, cada centímetro da arte ostensivamente com seus saltos alto. Considero tudo isso um desaforo, uma cuspida na minha cara. Não suporto mais conviver no limbo desse mundinho cruel que é o mundo das artes plastificadas, dos intelectuais deprimidos e decadentes em seus sofás de coro recitando Platão, das mulheres gordas de ministros gordos.
Tudo isso e por tudo isso que considero minha vida uma fraude, um erro no caminho do conhecimento. Quero deixar o meu testemunho sobre o tédio que sinto do que as pessoas não consideram tédio. Quando me encontrarem no quarto bêbado e drogado de lexotam, e de tantas outras pílulas vermelhas e azuis. Não se preocupem, não de ocupem de minha merda no lençol. Quero me entregar ao sebo do esquecimento, ignorar todo o mundo que gira lá fora sem a minha estonteante presença. Não quero saber das últimas peças estreadas, nem quero ouvir os gritos distantes de uma ópera qualquer.
Para mim acabou. O mundo já não me pertence. Quero me deteriorar no ócio do esquecimento.
Um dia, estava em um bar qualquer (hoje evito falar sobre meu passado social), quando uma rapariga ainda cheirando a leite me estende a mão e me oferece. “A pílula azul ou a vermelha?”, veja bem, não sei até que ponto a minha narrativa é real ou puro devaneio, mas acreditei e quase que sem pensar me entreguei a um suicídio coletivo, pílulas, uísques, orgias, e no fim ser massacrado pelo amor daquela ninfetinha, punhos cortados, sangue, sublime redenção. Olhando nos olhos dela eu disse “Ora garota, não é muito jovem para vender drogas?”. Entenda porque me entreguei. Entenda como sou, eu penso como um perdedor, não me resta saída senão a declarada no parágrafo acima.
A ela restou rir para mim com desdém, e me explicar, como se explica aos velhos aonde se mija, que “ A pílula azul, meu, é...a ilusão, saca? Maia e essas coisas, são as mentiras que vivemos todos os dias. Agora a vermelha, essa é ducaralho, é a pílula da verdade, se você escolher tomar essa,estará escolhendo o caminho certo, da luz e...”, no fim eu já não mais ouvia ela, só me concentrava em duas palavras: verdade e mentira, ilusão e realidade. Sai do bar embriagado e decidido, e de saco cheio de todas essas coisas, mentirinhas e mesquinharias que vivemos. Então resolvi fazer isso, resolvi ser eu mesmo. Me livrar dessa máscara rançosa de falsos bom dias e boa tardes.
Na última vez que sai com uma garota fomos a uma exposição, e eu me vi tentando impressioná-la com palavras intelectulóides copiadas de livros que li, tentei rimar amor com dor da forma mais medíocre. E ela também, uma falsária, abraçando desesperadamente os panfletinhos explicativos da exposição, para poder chegar em casa e vomitar tudo decorado o que aprendeu em sua magnífica tarde. É por essas e outras que me sinto vazio. Olho em volta me autoprovocando um distanciamento e percebo que todos os outros de terno e gravata estão vomitando coisas vazias. Vão chegar em casa e trepar com a mesma mulher a cem anos, e tudo o que eles construíram na vida vai se transformar numa migalha de satisfação.
Não quero mais ouvir os meus cd´s de jazz, os melhores já estão mortos. Sobre o que vamos falar agora? OS diálogos são repetidos ad nauseum , as frases feitas, as piadas nas horas certas. Um trago, um canapé,uma risada. O olhar cintilante do álcool, não permite que as pessoas sejam elas mesmas. As mulheres atrás de seus blush e batons vermelhos, percorrendo os salões da pinacoteca em dia de vernissage. Pisoteando cada pedaço de cultura, cada centímetro da arte ostensivamente com seus saltos alto. Considero tudo isso um desaforo, uma cuspida na minha cara. Não suporto mais conviver no limbo desse mundinho cruel que é o mundo das artes plastificadas, dos intelectuais deprimidos e decadentes em seus sofás de coro recitando Platão, das mulheres gordas de ministros gordos.
Tudo isso e por tudo isso que considero minha vida uma fraude, um erro no caminho do conhecimento. Quero deixar o meu testemunho sobre o tédio que sinto do que as pessoas não consideram tédio. Quando me encontrarem no quarto bêbado e drogado de lexotam, e de tantas outras pílulas vermelhas e azuis. Não se preocupem, não de ocupem de minha merda no lençol. Quero me entregar ao sebo do esquecimento, ignorar todo o mundo que gira lá fora sem a minha estonteante presença. Não quero saber das últimas peças estreadas, nem quero ouvir os gritos distantes de uma ópera qualquer.
Para mim acabou. O mundo já não me pertence. Quero me deteriorar no ócio do esquecimento.
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