ANGÚSTIA.O sujeito amoroso, ao sabor de tal ou qual contingência, sente-se tomado pelo medo de um perigo, de um sofrimento, de um abandono, de uma reviravolta—sentimento que ele exprime sob o nome de angústia. (Roland Barthes, fragmentos de um discurso amoroso)
“ No temor clínico de um colapso esconde-se o temor de um colapso já experimentado (primitive agony)...
A respiração forçada, os medos nunca vêem sozinhos, estão sempre acompanhados de demônios. Demônios meninos. Na hora, tudo é desespero. Não se vá! Posto que já vive o pesadelo, da perda da mulher amada.
...há momentos em que um paciente necessita que lhe digam...
Depois disso, não lhe resta nada. Não há consolo no mundo. O que vive é duro, é pedra e areia molhada.! Não importam o que digam, só importa a amada.
...que o colapso que o atemoriza, minando assim sua vida, já aconteceu.” (Winnicott)
Não acreditar é a melhor saída, depois disso só a morte, essa triste amiga, pode sedar o temor da solidão opaca. Quem lhe falar o contrário, entrega-lhe a corda e a espada. Só da verdade não se vive. Ela não o ama, só tem piedade. Deixe então que ele sofra, na loucura, essa cama boa. As mentiras antes experimentadas.
02/12/2008
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Um comentário:
Muito interessante... Agora consegui entender o que tu disse.
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