28/04/2005

assim é

O que podemos esperar de todos os nosso dias, são apenas perguntas e mais perguntas, que juntas nao dariam uma resposta certa, eles, os dias, vão se multiplicando sem parar, e sem querer nos englobam por todos os lados. As perguntas, essas continuaram a me atormentar, para sempre, como uma polifonia indiscriminada, não há nada que eu possa fazer, nem há nada que eu queira fazer. Olhando assim a chuva, que cai sistematicamente à minha frente, penso que assim como os dias eu terei que me desfazer, me desdobrar criando uma passarela de mim mesma, por onde todo o tempo passa sem pedir. E eu, sem ser dona de mim, continuo buscando as respostas como um cego busca a parede mais próxima para poder se apoiar. Mas como nada vejo, deixo que todo esse sentimento me leve, como uma enchurrada, nesses dias de inverno que estão por vir.